quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Tênia


O cão solitário
inocente e cansado
em seu ócio, descança
a beira da estrada,
após andanças.

Peregrino
entre calçada e asfalto
da ironia do destino
observa e é observado
pelo artista sem pena
que fotográfa a conformidade
do miserável
que não ousou olhar para cena
inefável
detrás de suas costas.
Pobre diabo,
não pôde nem perceber
a beleza do azul anil da fé
sobre o verde-esperança.

6 comentários:

thiago disse...

Adorei o conceito q vc faz com as contradiçoes q ha nessa cena, q com certeza nos deparamos com varias situaçoes em nosso dia a dia em q os nossos olhos nao percebem coisas magicas q nos cercam,esta cena passa uma ideia de liberdade muito forte e mais ainda de solidao,pq o preço da liberdade é a solidao!
boas palavras,bjo!
thiago fellipe

Cintia Casati disse...

Caracas amigaa!!
vc nunca pensou em fazer jornalismo?!
garanto que ia gostar! e vc escreve bem!!!
saudades D+!!
passarei aqui mais vezes!!!
bjaum
=*

Anônimo disse...

e não é que a fé apareceu! =)

Anônimo disse...

"Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar".

Anônimo disse...

na verdade, na música ela não costuma "faiá"...

"...A fé tá na manhã
A fé tá no anoitecer
Ô ô
No calor do verão
A fé tá viva e sã
A fé também tá pra morrer
Triste na solidão
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Certo ou errado até
A fé vai onde quer que eu vá
Ô ô
A pé ou de avião
Mesmo a quem não tem fé
A fé costuma acompanhar
Ô ô
Pelo sim, pelo não"
(Gilberto Gil)

Gusthavo disse...

Pobre cão...

Apesar da "beleza do azul anil da fé/sobre o verde-esperança" quem o acolhe é o cinza do asfalto.

Acontece.


Mui bonito, isso que vc escreveu Káká!