quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Lua, nua, rua.

Madrugada. Cerração de portas. De bares. De ares. Neblina espessa de desejos.
Praça. Árvores.
Bancos, três.
Lua, nua, rua.
Pulsante nos corredores
correndo dos pudores, fugindo para os pudendos sem poder. Porque somos comprometidos com o limite, com a vergonha, insinuada pelos cala-frios. Cale, frio.Calou.
Calor, suor.
Suas?
- Não. Não somos suas.
- Sei, vocês são suas.
Sei-o pueril e sazonado ao mesmo tempo.
Tempo!
Seis horas.
e a lua ainda não finda.
A rua,
ainda peleja por arrastar novas horas e desrespeitar sinais.
Porque hoje e, só hoje, nuas de receio e egoísmo, despertaremos libidos proibidos.
Lua, nua, rua.