sábado, 26 de janeiro de 2008

Desespero.

Tudo penso, nada escrevo. E assim, vejo um alfabeto inteiro se perdendo dentro de mim. Caneta enferrujada. Mão inerte sobre a folha, na espera ociosa e ansiosa de palavras e contextos coerentes ou não, descrever em poesia as cores da vida e dissertar em prosa suas nuances descoloridas. Desboto de humores variantes. Penso. E, enquanto vou sendo devorada por pensamentos, procuro uma fresta para respirar. Desabafar. E , enfim, articular letras. Letras estas que, no momento andam tímidas dentro de mim. Eis aqui o meu desespero. Pois bem! Colocarei tinta infinda na caneta, costurarei letras franzidas, e jantarei uma sopa de letrinhas para que a vida, a arte, nunca estejam completamente mortas.