Esse menino de vermelho precisa de invólucro.
Sentado, os pés hiperativos fazem batuque no assoalho, as mãos, à procura de distração tomam a taça sobre a mesa. Bebe, bebe com uma sede breve e melancólica. Seus olhos fugidios não encontram alguém que possa ser de sua família. Como é possível? Se na mesma mesa, seu pai e sua mãe tagarelam, e sua irmã, de um cabelo liso tão semelhante ao seu, come com classe um salgadinho, fechando o círculo dos superficiais?
Esse menino, de traje impróprio e inseguro, que se sente tão diferente dos outros, precisa ser ouvido. Ele precisa de alguém que lhe dê atenção, que lhe dê abraço.
O que ele não sabe, é que quando se sentir protegido, vai clamar por liberdade.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
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Um comentário:
"quando se sentir protegido, vai clamar por liberdade"
Eis a questão
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