segunda-feira, 27 de outubro de 2008

o anti-social, ou anti-superficial.

Esse menino de vermelho precisa de invólucro.
Sentado, os pés hiperativos fazem batuque no assoalho, as mãos, à procura de distração tomam a taça sobre a mesa. Bebe, bebe com uma sede breve e melancólica. Seus olhos fugidios não encontram alguém que possa ser de sua família. Como é possível? Se na mesma mesa, seu pai e sua mãe tagarelam, e sua irmã, de um cabelo liso tão semelhante ao seu, come com classe um salgadinho, fechando o círculo dos superficiais?
Esse menino, de traje impróprio e inseguro, que se sente tão diferente dos outros, precisa ser ouvido. Ele precisa de alguém que lhe dê atenção, que lhe dê abraço.
O que ele não sabe, é que quando se sentir protegido, vai clamar por liberdade.

Um comentário:

Gusthavo disse...

"quando se sentir protegido, vai clamar por liberdade"

Eis a questão