"Porque te amo
Deverias ao menos te deter
Um instante
Como as pessoas fazem
Quando vêem a petúnia
Ou a chuva de granizo.
Porque te amo
Deveria a teus olhos parecer
Uma outra Ariana
Não essa que te louva
A cada verso
Mas outra
Reverso de sua própria placidez
Escudo e crueldade a cada gesto.
Porque te amo, Dionísio,
é que me faço assim tão simultânea
Madura, adolescente
E por isso talvez
Te aborreças de mim"
Ode Descontínua e Remota para flauta e oboé. De Ariana para Dionísio. - Hilda Hilst
Um comentário:
Nem engraçado, nem medíocre, nem triste. Bonito. Que bom, um update enfim! Não faz sentindo fazer faculdade de letras e parar de escrever, hein?
Debs
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