Porque me achastes só e egoísta
Com que prosápia não me deixastes um beijo
Por que me retalhou em desejos
Quando, extraviada, morria de tédio
Com que motim me tirastes do enfado
De que folhetim buscastes motivo
Com que motes e astúcia me persuadistes
Quando, extraviada, morria de medo
Por que não me violastes por completo
E me concentrastes na sorte, com que me endireito
E me comovestes, só, com que me converto
Por que me cunhastes preferida
Com que maldade essa primazia pôde me transgredir
Quando, extraviada, morria de frio
(e pedia secretamente piedade)