domingo, 14 de novembro de 2010

Porque me achastes só e egoísta

Com que prosápia não me deixastes um beijo

Por que me retalhou em desejos

Quando, extraviada, morria de tédio


Com que motim me tirastes do enfado

De que folhetim buscastes motivo

Com que motes e astúcia me persuadistes

Quando, extraviada, morria de medo


Por que não me violastes por completo

E me concentrastes na sorte, com que me endireito

E me comovestes, só, com que me converto


Por que me cunhastes preferida

Com que maldade essa primazia pôde me transgredir

Quando, extraviada, morria de frio

(e pedia secretamente piedade)


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