sábado, 26 de janeiro de 2008

Desespero.

Tudo penso, nada escrevo. E assim, vejo um alfabeto inteiro se perdendo dentro de mim. Caneta enferrujada. Mão inerte sobre a folha, na espera ociosa e ansiosa de palavras e contextos coerentes ou não, descrever em poesia as cores da vida e dissertar em prosa suas nuances descoloridas. Desboto de humores variantes. Penso. E, enquanto vou sendo devorada por pensamentos, procuro uma fresta para respirar. Desabafar. E , enfim, articular letras. Letras estas que, no momento andam tímidas dentro de mim. Eis aqui o meu desespero. Pois bem! Colocarei tinta infinda na caneta, costurarei letras franzidas, e jantarei uma sopa de letrinhas para que a vida, a arte, nunca estejam completamente mortas.

9 comentários:

Gusthavo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gusthavo disse...

Uau!

Não vou falar nada, Ká...

E considere como um elogio. O maior de todos!

buh . disse...

Que maestria com as palavras, menina! Como é que elas te fogem?! Esse seria o maior dos impropérios; elas estão em você.

Jamais deixe que a caneta enferruje.

=)

petit disse...

acho que é falta de auroras, daqueeelas.
somos duas.



mas tá vendo, até tua confissão é poética, ká.
só falta mais dedicação.
tuas canetas sentem saudades de ti.



e eu também, por sinal.

Anônimo disse...

Percebe-se que não sou eu o único que acompanha o blog...

imagino se as palavras não estivessem timidas como andam, como seria seus rabiscos aki..

mto foda...

pra quem disse que num gosta de comentar aki no blog esse ultimo post valeu a pena..

Anônimo disse...

Que isso hein????
Sentimentos humanos a tona!
Mto profundo.

Gostei!!!
=]

Parabéns!

Anônimo disse...

a beleza da palavra
é o silêncio que nela se esconde

e me parece que num tempo como este
qualquer coisa que se diga.. são palavras

o que há essencial para dizer
em palavras não pode ser dito

e já que não faz mais sentido
de mansinho vou saindo
com a cabeça baixa
e a esperança no peito
de que meus irmãos
um dia ouvirão o chamado
e em busca da verdade

compreender

.

Anônimo disse...

- toc toc..

- quem bate?

- sou eu, o palhaço...

- o que queres?

- um forte abraço e adeus..

- oh, tão cedo?

- já era hora..

- pra onde vais?

- procurar..

- o quê?

- o desabrochar da rosa..

- e porque vais?

- já não aguento.....

- e os seus?

- ficam aqui, dormindo em paz..

- vais deixá-los assim?

- é preciso partir, acordar

- como assim?

- ... ... ... com amor adeus

Anônimo disse...

desespero
sem esperança
sem esperar...