Alguém quer respirar
Alguém quer ser abraçado
Ninguém mais quer acreditar
Na irrealidade do sonho desperdiçado.
Ela não quer mais ser ilustrada
Por qualquer rascunho.
Ela não quer mais ser um quadro
Pintado a mãos persuasivas e fingidas,
Nem por poemas escritos
Por mãos carentes de sinceridade,
Ou mesmo por fotografias
De uma natureza morta
Como sono sem sonho.
Por que ela ainda sonha
Com um abraço apertado
De vontades nunca satisfeitas
(talvez pela insuficiência da reciprocidade).
Às vezes, lembranças se bastam,
Posto que imaginadas.
E, ainda assim,
Ela aspira pelo encontro concreto.
Ela, a Saudade,
Ainda deseja um encontro
Fora de qualquer arte inanimada.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
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